sexta-feira, 22 de junho de 2007

ITAMONTE-MG - PARAÍSO NA TERRA


Itamonte

Itamonte é um município brasileiro do estado de Minas Gerais, na microrregião de São Lourenço.

História

Em meados do século XVI, o donatário Martin Afonso de Souza, da Capitania de São Vicente (SP), ordenou que seus homens explorassem o interior do País. Em 1531, depois de percorrer 115 léguas, atravessando florestas virgens e transpondo as Serras do Mar e Mantiqueira, a primeira expedição chegou a São José do Itamonte. O grupo tomou a garganta da Lapa - vertente Leste da Mantiqueira, entre os Estados do Rio de Janeiro e São Paulo, passou pelo Alto do Registro, acompanhou o curso do Rio Capivari até a confluência com o Rio verde. Deparou, no caminho, com um Monte, um Pico, o Picú, que desde então é ponto de orientação para quem chega à Região. O povoado passou a ser chamado de São José do Picú, até a sua emancipação na década de 50, quando passou a Itamonte (Pedra do Monte ou Montanha de Pedra).

Geografia

Sua população estimada em 2004 era de 13.310 habitantes. A área é de 431,7 km² e a densidade demográfica, de 30,83 hab/km².

Localizado na divisa com os Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, Itamonte tem como municípios limítrofes Baependi a norte, Alagoa a nordeste, Bocaina de Minas a leste, Resende (RJ) e Queluz (SP) a sul, Itanhandu a oeste e Pouso Alto a noroeste.

É a porta de entrada para a parte alta do Parque Nacional do Itatiaia e Pico das Agulhas Negras

Na minha juventude freqüentei muito este lugar. Se existe algo que sinto saudade na minha vida é desta época e desta cidade fantástica. Recomendo.

UMA VERGONHA MUNDIAL


Embargo dos EUA a Cuba

  • O Embargo dos EUA a Cuba (descrito em Cuba como el bloqueo, termo em espanhol para "o bloqueio") é um embargo econômico, comercial e financeiro imposto a Cuba pelos Estados Unidos que se iniciou em 7 de Fevereiro de 1962. Foi convertido em lei em 1992 e em 1995. Em 1999, o presidente Bill Clinton ampliou este embargo comercial proibindo que as filiais estrangeiras de companhias estadounidenses de comercializar com Cuba, a valores superiores a 700 milhões de dólares anuais. Até o ano de 2006 o embargo ainda está em vigor, tornando-o um dos mais duradouros embargos econômicos na história moderna.
  • É proibido empresas de terceiros países a exportação para os Estados Unidos de qualquer produto que contenha alguma matéria-prima cubana.
  • É proibido a empresas de terceiros países que vendam a Cuba bens ou serviços nos quais seja utilizada tecnologia estadunidense ou que precisem, na sua fabricação, produtos dessa procedência que excedam 10% do seu valor, ainda quando os seus proprietários sejam nacionais de terceiros países.
  • Proibe-se a bancos de terceiros países que abram contas em dólares estadunidenses a pessoas individuais ou jurídicas cubanas, ou que realizem qualquer transacção financeira em essa divisa com entidades ou pessoas cubanas, em cujo caso serão confiscadas.
  • É proibido aos empresários de terceiros países levar a cabo investimentos ou negócios com Cuba, sob o suposto de que essas operações estejam relacionadas com prioridades sujeitas a reclamação por parte dos Estados Unidos da América. Os empresários que não se submetam a essa proibição serão alvo de sanções e represálias

Alguns consideram a manutenção do bloqueio por quase 50 anos, como genocídio, baseados no artigo II da Convenção de Genebra para a Prevenção e Sanção do Delito de Genocídio, de 9 de Dezembro de 1948.

Senão vejamos, “(...) os atos perpetrados com a intenção de destruir total ou parcialmente a um grupo nacional, étnico, racial ou religioso”, e nesses casos abrange “o submetimento intencional do grupo a condições de existência que tenham de acarretar a sua destruição física, total ou parcial”.

Desde 1999, na Conferência Naval de Londres, ficou definido como princípio do Direito internacional que o “bloqueio é um ato de guerra” e nessa base, o seu emprego é possível unicamente entre os beligerantes.

Por esse motivo, o bloqueio contra Cuba é considerado como um ato de guerra econômica. Assim como o Direito Internacional classifica o bloqueio como genocídio, pois não haveria nenhuma norma internacional que o justifique em tempos de paz.

O bloqueio foi condenado pela Comunidade Internacional, segundo esta por ser "extraterritorial, ilegal, infringir as regras do comércio internacional e por seu caráter imoral".

O Papa também condenou publicamente o bloqueio norte-americano contra Cuba alegando ser o mesmo "injusto e imoral".

25 ANOS DEPOIS


Malvinas ou Falklands?

Com o objetivo de manter-se no poder e aumentar sua popularidade, o presidente argentino Leopoldo Galtieri e sua Junta Militar decidiram pôr em ação o Plano Goa, ou seja, invadir e retomar as Ilhas Malvinas, habitadas por ingleses desde 1833. Tinha tudo para dar errado, e realmente foi o que ocorreu. As inúmeras “trapalhadas” cometidas pelos líderes militares levaram o exército argentino a uma rápida derrota, onde destacaram-se somente a bravura e o heroísmo dos soldados.

O General Galtieri demonstrou desconhecimento de táticas e operações de guerra ao enviar recrutas mal treinados e com equipamentos desapropriados para o campo de batalha, sendo abastecidos por um frágil transporte aéreo. O Comandante do Teatro de Operações, Almirante Lombardo, não ficou para trás. Enviou o cruzador General Belgrano, com pouca defesa anti-submarino, para enfrentar uma das marinhas mais poderosas do mundo. O cruzador, com 43 anos de uso, foi atingido e afundou no incidente com o maior número de vítimas da Guerra.

Mas os equívocos não se limitaram ao planejamento. Uma visão míope da realidade política fez o governo argentino acreditar que receberia o apoio dos EUA e que a Inglaterra aceitaria o episódio como uma questão diplomática. Aconteceu justamente o contrário: os EUA ficaram ao lado do seu mais poderoso aliado na Guerra Fria, enquanto os britânicos prepararam sua Armada em Portsmouth ao som do hino da Royal Navy, “O oceano só tem um dono...”.

As Ilhas Malvinas, ou , têm um clima hostil, onde a neve pode cair em qualquer época e a precipitação de chuva ocorre em mais da metade dos dias do ano. Some-se a isso os ventos fortes e o relevo montanhoso. O cenário da Guerra era um desafio a mais para qualquer soldado, exigindo preparação específica e equipamentos adequados. Mesmo assim, às 4h30min do dia 2 de abril de 1982, uma unidade de elite argentina desembarcou na capital Port Stanley e, após duas horas de resistência dos soldados ingleses, assumiu o controle da cidade, trocando seu nome para Puerto Argentino. O governo da Inglaterra ainda enviou um ultimato para que os argentinos se retirassem. Com a exigência recusada, a Primeira-Ministra Margaret Thatcher ordenou a mobilização para a Guerra.

Os efeitos da Guerra, que matou mais de 600 soldados argentinos e mais de 250 ingleses, são sentidos até hoje. Calcula-se que os suicídios de veteranos argentinos já passaram dos 260. Do lado britânico, o número de suicídios é maior que o número de baixas durante a Guerra.

Mesmo que ainda existam 16.600 minas terrestres nas Malvinas, a Guerra trouxe benefícios para a comunidade das ilhas. O governo da Grã-Bretanha passou a investir no arquipélago; construiu um aeroporto, uma base militar, rodovias, docas e melhorou a infra-estrutura de comunicações. A população aumentou, e o PIB já é mais de dez vezes superior ao PIB de 1982. Os serviços de saúde e educação são gratuitos, e a criminalidade praticamente não existe. Se antes da Guerra havia pobreza e isolamento, hoje pode-se dizer que há riqueza e prosperidade. Ainda existem divergências entre os governos argentino e britânico, mas é fato relevante que os moradores das Ilhas Malvinas têm preferência por permanecerem como cidadãos ingleses.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

AS ENFERMEIRAS - JUSTA HOMENAGEM


As Enfermeiras do Brasil na 2ª Guerra

Quando o Brasil declarou guerra ao Eixo em 1942, teve início a preparação e formação de uma Força Expedicionária Brasileira, a fim de tomar parte na Segunda Guerra Mundial.

Organizadas as tropas que deveriam partir para além-mar, sentiram falta de um segmento: as Enfermeiras.

Uma vez selecionadas as voluntárias pela Escola Ana Nery, com a assistência do Segundo-Tenente Médico Dr. Luthero Vargas (filho do Presidente Getúlio Vargas), foram incorporadas às fileiras da Aeronáutica seis enfermeiras: Isaura Barbosa Lima, Ocimara Moura Ribeiro, Antonina Holanda Martins, Maria Diva Campos, Regina Cerdeira Bordalo e Judith Arêas.

Uma vez incorporadas ao 1º Grupo de Caça, incorporação esta que se deu no dia 5 de setembro de 1944, prepararam-se para embarcar no navio Transporte COLOMBIE, que partiu do porto de News Port no dia 20 de setembro de 1944, com destino à Itália.A viagem durou 16 dias. O risco de serem torpedeados era muito grande, mas finalmente chegaram a Livorno no dia 6 de outubro de 1944.

Depois de um desembarque debaixo de chuva torrencial, deslocaram-se de trem para a Base de Cevitavecchia, em Tarquínia, e foram servir no 154th Station Hospital.

Quando se fala em Enfermeiras que serviram na guerra, atualmente, muitas pessoas acham que foi um fato muito normal. Entretanto, se nos reportarmos aos idos de 1942, como era a nossa sociedade - eminentemente machista - e pensarmos num grupo de jovens dispondo-se a enfrentar o desconhecido de uma guerra, vamos ver que todas elas foram verdadeiras heroínas.

A guerra da mulher militar começou aqui mesmo no Brasil. Eram apontadas com pechas terríveis, até de "prostitutas que queriam ir para a guerra fazer a vida" foram tachadas pela esposa de uma alta patente!

Porém, não esmoreceram! Estavam dispostas a defenderem a honra de sua Pátria e a ajudarem seus semelhantes mitigando-lhes as dores.

As seis Heroínas da FAB não receberam o carinho e as reverências a que faziam jus. Foram muito esquecidas pela própria Força.

Restam apenas duas entre nós, Ocimara Moura Ribeiro, que passou a viver em companhia de um filho em Poços de Caldas, Minas, e Maria Diva Campos, internada na Casa Gerontológica Brigadeiro Eduardo Gomes (CGABEG), onde poucos sabem quem é aquela mulher em uma cadeira de rodas e que já quase não consegue falar.

sábado, 16 de junho de 2007

ALBERT SABIN


Albert Bruce Sabin nasceu a 26 de agosto de 1906 em Bialistock-Rússia, hoje Polônia.

Formou-se doutor em medicina pela Universidade de Nova York (1931) e foi médico interno do Hospital Bellevue (1932-34). Fez curso no Instituto Lister de Medicina Preventiva de Londres (1934-35), foi associado do Instituto Rockfeller para pesquisas médicas (1935-37) e professor de pesquisas pediátricas da Universidade de Cincinnati (1939).

Verdadeiro BENFEITOR DA HUMANIDADE, além de gênio criador da vacina contra a poliomielite, Albert Sabin RENUNCIOU aos direitos de patente, consentindo e facilitando sua difusão para a população de todo o mundo, incluindo os mais necessitados, sem nenhum tipo de especulação comercial, como é tão comum nos dias de hoje. Atualmente, graças a ALBERT SABIN, à OMS (Organização Mundial de Saúde) e ao grande esforço de ROTARY INTERNATIONAL, entidade que chamou para si, através do Projeto PolioPlus, o desafio de erradicar a poliomielite do mundo até o ano 2005, quando das comemorações de seu centenário, a terrível doença está quase que totalmente debelada com alguns focos em países da África e Ásia. Enquando houverem focos, a vacinação deve continuar em todos os países do mundo, visto a possibilidade de contaminação estremamente favorecidas em nosso mundo globalizado.

Albert Sabin faleceu a 3 de março de 1993, em Washington-EUA, depois de uma vida inteira de dedicação ao ser humano e incansável luta contra a poliomielite.

FORTALEZA DE SANTA CRUZ


A Fortaleza de Santa Cruz está situada em Niterói no bairro de Jurujuba; elevação na entrada da Baía de Guanabara. Em 1555, neste local, Villegagnon colocou umas peças de artilharia em uma fortificação improvisada. Em 1557 os portugueses a ocuparam e ampliaram, dando-lhe o nome de Bateria de Nossa Senhora da Guia.
Em 1599 a fortaleza impediu a invasão de navios holandeses comandados por Oliver Van Noort. Temendo as invasões holandesas no início do século XVII, recebeu 20 canhões e passou a ser chamada de Fortaleza de Santa Cruz.
A Fortaleza de Santa Cruz sempre foi prisão política; entre outros estiveram prisioneiros: José Bonifácio de Andrade e Silva, o caudilho uruguaio André Artigas e Bento Gonçalves, herói da Guerra dos Farrapos. Entre 1922 e 1930 o capitão Eduardo Gomes, Estlac Leal, Alcides Araújo e Juarez Távora, foram os únicos até hoje que conseguiram fugir da fortaleza.
Na praça em frente à fortaleza estão instalados desde 1942 dois canhões de 172 mm voltados para o mar. Entrando na fortaleza vemos a Capela de Santa Bárbara, do século XVIII - existe uma história que diz que sempre que se tentava remover a imagem de Santa Bárbara, o mar ficava revolto impedindo sua remoção; adiante chegamos à Cova da Onça, uma sala onde os prisioneiros eram torturados em uma roda de madeira com lâminas cortantes e seus restos jogados no mar através de um poço no lado oposto desta sala - o nome Cova da Onça vem do fato de dizerem aos outros prisioneiros que os gritos vinham de uma onça aprisionada no local.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

A VIDA SEGUNDO CHARLES CHAPLIN


"A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso. Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara pra faculdade. Você vai pro colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando.... E termina tudo com um ótimo orgasmo!!! Não seria perfeito?!"

Rosa de Hiroshima


Composição: Vinícius de Moraes

Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada

SEM RESPOSTAS ATÉ HOJE.


Há quase 34 anos ocorreu um dos desaparecimentos mais intrigantes do país, o do menino Carlinhos. A investigação do caso gerou muitas hipóteses, inúmeros suspeitos e chegou a levar à prisão os pais da criança. Mas até hoje ninguém foi punido e não se sabe o que, de fato, aconteceu com Carlinhos na noite do dia 2 de agosto de 1973. Para o jornalista Celso Serqueira, que trabalhava no Jornal O Globo na época e fez parte da primeira equipe de reportagem a chegar ao local do seqüestro, a pessoa responsável pelo desaparecimento de Carlinhos é a própria mãe

quinta-feira, 14 de junho de 2007

PÁSSARO FERIDO


ALBERTO SANTOS DUMONT

Em 9 de Julho, desencadeia-se um movimento constitucionalista em São Paulo. Diversas forças políticas procuram restabelecer a normalidade democrática sufocada pela ditadura getulista. Santos-Dumont entusiasma-se. Está na praia do Guarujá a convalescer. Redige um manifesto aos mineiros incitando-os a porem-se ao lado dos paulistas. Mas o governo de Getúlio Vargas vai reprimir brutalmente o movimento. Na manhã de 23 Alberto veio até à praia e ajuda um menino a elevar o seu colorido papagaio de papel. Corrigido o peso da cauda, endireitada uma cana da estrutura, o papagaio sobe orgulhoso nos ares. O menino exulta e bate palmas. Dumont sorri ternamente e olha os céus. Nessa altura ouve-se um ruído crescente e na linha de horizonte cresce uma esquadrilha aérea. São aviões federais que vão bombardear um cruzador paulista ancorado em Santos. Brasileiros matam brasileiros servindo-se de uma máquina que ele inventou e foi aperfeiçoando, passo a passo, com tanto amor e ilusão...

Vai para casa e suicida-se nessa noite.

A I - 5. Resumindo


O Ato Institucional Número Cinco foi o quinto de uma série de decretos emitidos pela ditadura militar nos anos seguintes ao Golpe militar de 1964 no Brasil. Redigido pelo Presidente Artur da Costa e Silva em 13 de dezembro de 1968, veio em resposta a um episódio menor: um discurso do deputado Márcio Moreira Alves pedindo às jovens brasileiras que não namorassem oficiais do Exército. Mas o decreto também vinha no correr de um rio de ambições, ações e declarações pelas quais a classe política fortaleceu a chamada linha dura do regime instituído pelo Golpe Militar. O Ato Institucional Número Cinco, ou AI-5, foi um instrumento de poder que deu ao regime poderes absolutos e cuja primeira e maior conseqüência foi o fechamento do Congresso Nacional por quase um ano.

O AI-5:

  • fechou o Congresso Nacional por prazo indeterminado
  • cassou mandatos de senadores, deputados, prefeitos e governadores
  • interveio no Poder Judiciário, inclusive demitindo juízes
  • tornou legal legislar por decretos
  • decretou estado de sítio
  • suspendeu a possibilidade de qualquer reunião
  • recrudesceu a censura, determinando a censura prévia, que se estendia à música, ao teatro e ao cinema
  • suspendeu o “habeas corpus” para os chamados crimes políticos

Os brasileiros ficaram proibidos de se reunir nas ruas, as conversas de esquinas eram reprimidas com violência, as manifestações de qualquer ordem foram banidas, nas escolas começaram as patrulhas ideológicas, com elas, o confronto e violências entre esquerda e direita.

DITADURA, EXÍLIO E SUCESSO. OSCAR NIEMEYER


Oscar Ribeiro de Almeida de Niemeyer Soares.

A posição esquerdista de Niemeyer lhe custará caro nos anos de uma ditadura militar do Brasil ligada com a política de direita norte-americana. A revista do qual é diretor, Módulo, tem a sede destruída, seus projetos começam a ser misteriosamente recusados e clientes a desaparecer.

Em 1965, duzentos professores, entre eles Niemeyer, pedem demissão da Universidade de Brasília, em protesto contra a política universitária. No mesmo ano viaja para França, para uma exposição sobre sua obra no Museu do Louvre.

No ano seguinte, impedido de trabalhar no Brasil, muda-se para Paris. Começa aí uma nova fase de sua vida e obra. Abre um escritório nos Champs-Élysées, e tem clientes em diversos países, em especial na Argélia, onde desenha a Universidade de Constantine e, em 1970, a mesquita de Argel. Na França, cria a sede do Partido Comunista Francês, e na Itália a da Editora Mondadori.

O TREM DAS CRIANÇAS

Nos anos que precederam a Segunda Guerra Mundial, judeus desesperados para abandonar paises dominados pelas Alemanha nazista se depararam com as portas fechadas no mundo inteiro - exceto por uma pequena brecha. A Inglaterra, num gesto singular, aceitou no final de 1938 acolher crianças judia numa operação que passou a ser conhecida como Kindertransport.
Quase 10 mil crianças vinda de paises como Alemanha, Áustria e Tchecoslováquia fizeram a viagem. Chamados Kindertransports na Alemanha os primeiros trens saíram seis semanas após Kristallnacht, o ultimo dois dias antes da eclosão da Segunda Guerra (13 setembro 1939) . As crianças eram colocadas em vagões de trens lacrados e enviadas primeiramente para a Holanda e a seguir para a Inglaterra. A maioria jamais viu suas famílias novamente.
As crianças foram distribuídas pelos lares, escolas, fazendas e orfanatos por toda a Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda Elas cresceram na Grã-Bretanha durante a guerra e muitas ainda vivem nestes lugares. Estima-se que aproximadamente 2.500 tenham imigrado para a América do Norte após a II Guerra Mundial.
No entanto, enquanto estas 10 mil crianças conseguiram escapar do Holocausto, 1 milhão e 500 mil não puderam ser salvas e morreram nos mãos da Alemanha de Hitler. Em 1989 foi fundada nos Estados Unidos "Associação do Kindertransport" na Inglaterra e em Israel também organizações equivalentes.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Estudo do IPEA analisa a pobreza no Brasil


"O Brasil não é um país pobre, mas um país extremamente injusto e desigual, com muitos pobres", é o que diz o estudo "A Estabilidade Inaceitável: Desigualdade e Pobreza no Brasil" do IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.

Segundo dados da pesquisa, em 1999 havia 14,5% da população brasileira vivendo em famílias com renda inferior à linha de indigência e 34,1%, com renda inferior à linha da pobreza. Isso corresponde a 22 e 53 milhões de pessoas respectivamente. Comparado ao ano anterior, houve um pequeno aumento: em 1998 havia 21,7 milhões de indigentes e 50,3 milhões de pobres.

No entanto, se analisarmos a renda per capita do Brasil com a de outros países, não podemos considerá-lo um país pobre: a comparação internacional quanto a renda per capita coloca o Brasil entre o terço mais rico dos países do mundo. Apenas 36% dos países do mundo possuem renda per capita superior a do Brasil mas o seu grau de pobreza é significativamente superior à média dos países com renda per capita similar à brasileira. A população pobre do Brasil representa 30% de sua população total, enquanto em países com renda per capita similares esse número é de 10%. De acordo com essa comparação, o Brasil deveria ter apenas 8% de sua população na linha da pobreza.

Esses dados demonstram que a origem da pobreza do Brasil não está na falta de recursos mas na má distribuição dos recursos existentes. Poucos detêm muito e muitos não detêm quase nada. A renda média dos 10% mais ricos do país é 28 vezes maior do que a renda média dos 40% mais pobres. Nos EUA, por exemplo, a proporção é de 5 vezes; na Argentina, 10 vezes e na Colômbia, 15 vezes.

PRIMAVERA DE PRAGA


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Primavera de Praga, realizada em 1968 na Tchecoslováquia, é o movimento liderado por intelectuais reformistas do Partido Comunista Tcheco interessados em promover grandes mudanças na estrutura política, económica e social do país. A experiência de um "socialismo com face humana” foi comandada pelo líder do Partido Comunista local, Alexander Dubcek. A proposta surpreendeu a sociedade tcheca, que em 5 de abril de 1968 soube das propostas reformistas dos intelectuais comunistas.

O objetivo de Dubcek era "desestalinizar" o país, removendo os vestígios de despotismo e autoritarismo, que considerava aberrações no sistema socialista. Com isso, o secretário-geral do partido prometeu uma revisão da Constituição, que garantiria a liberdade do cidadão e os direitos civis. A abertura política abrangia o fim do monopólio do partido comunista e a livre organização partidária, com uma Assembléia Nacional que reuniria democraticamente todos os segmentos da sociedade tcheca. A liberdade de imprensa, o Poder Judiciário independente e a tolerância religiosa eram outras garantias expostas por Dubcek.

As propostas foram apoiadas pela população. O movimento que propôs a mudança radical da Tchecoslováquia, dentro da área de influência da União Soviética, foi chamada de Primavera de Praga. Assim sendo, diversos setores sociais se manifestaram em favor da rápida democratização. No mês de junho, um texto de “Duas Mil Palavras” saiu publicado na Liternární Listy (Gazeta Literária), escrito por Ludvík Vaculík e assinado por personalidades de todos sectores sociais, pedindo a Dubcek que acelerasse o processo de abertura política. Eles acreditavam que era possível transformar, pacificamente, um regime ortodoxo comunista para uma social-democracia aos moldes ocidentais. Com estas propostas, Dubcek tentava provar a possibilidade de uma economia coletivizada conviver com ampla liberdade democrática.

A União Soviética, temendo a influência que uma Tchecoslováquia democrática e socialista, independente da influência soviética e com garantias de liberdades à sociedade, pudesse passar às nações socialistas e às "democracias populares", mandou tanques do Pacto de Varsóvia invadirem a capital Praga em 20 de agosto de 1968. Confrontos entre tropas do Pacto e manifestantes aconteceram nas ruas da cidade. Dubcek foi detido por soldados soviéticos. Ele foi levado a Moscou e destituído do cargo.

As reformas foram canceladas e o regime de partido único continuou a vigorar na Tchecoslováquia. Em protesto contra o fim das liberdades conquistadas, o jovem Jan Palach ateou fogo ao próprio corpo numa praça de Praga em 16 de janeiro de 1969.

Milan kundera, escreveu o livro "A insustentável leveza do ser". Livro que posteriormente se tornou filme, onde os fatos são vividos exatamente nesta época. Tenho este livro como o melhor que já li em minha vida. Simplesmente fantástico.

INSTITUTO ANNE FRANK

O Instituto Anne Frank é uma organização não governamental e sem fins lucrativos fundada a partir de uma atividade acadêmica desenvolvida na Fundação de Ensino Superior de Olinda - FUNESO. Um dos principais objetivos da instituição é a repressão do avanço do anti-semitismo global, além do incentivo ao retorno dos judeus as suas origens em Eretz Yisrael (Terra de Israel).

A constatação sobre o avanço tenebroso do cyberracismo (racismo praticado na Internet, principalmente o anti-semitismo) impulsionou na decisão em desenvolver um projeto com características que permitissem uma desaceleração da propagação do racismo praticado contra os judeus.

O Instituto Anne Frank é composto por três departamentos:

  • Divisão Administrativa,
  • Divisão de Desenvolvimento e
  • Divisão de Comunicação.

Cada departamento tem uma área específica de atuação, conforme a designação.

Até janeiro de 2006, a organização contava com representante em catorze países, entre eles: Brasil, Portugal, Israel, Cabo Verde, Argentina, Colômbia, Venezuela, San Salvador, México, Equador, Espanha e Inglaterra.

Quem são os Embaixadores associados ao projeto?

Os embaixadores do Instituto Anne Frank são voluntários que manifestaram o interesse em participar do projeto de repressão ao anti-semitismo, passando por duas avaliações. A primeira cadastral; onde o cadastro é criteriosamente analisado. A segunda avaliação consiste na avaliação de desenvolvimento durante um período de sete (7) meses. Após esse período, cumpridas as metas, o candidato é incorporado ao quadro de membros.

Olga Benário Prestes

Olga aos 16 anos. Clique sobre a figura para vê-la ampliada.

Mulher linda, alta, de cabelos escuros e olhos azuis, Olga nasceu em Munique, cidade alemã. Desde cedo participou de atividades comunistas e, graduada pelo KOMINTERN – a Terceira Internacional – recebeu a mais importante tarefa de sua vida: participar da realização de uma Revolução Comunista no Brasil.

No Brasil, já casada com Luís Carlos Prestes, líder do movimento que entrará para a história brasileira como “Intentona Comunista”, Olga foi fundamental para o andamento da revolução. Morando no Rio de Janeiro, através das inúmeras reuniões, conviveu com todos os integrantes da liderança do movimento no meio do qual nasceram grandes amizades.

Com o fracasso da revolução e a sua conseqüente prisão, Olga, grávida de sete meses, é entregue a Hitler por Vargas. Sendo deportada para a Alemanha e longe do Brasil, país que aprendeu a amar e respeitar, Olga Benario tem sua primeira e única filha, Anita Leocádia, uma alegria no meio de tanto sofrimento.

Em um campo de concentração da Alemanha nazista, Olga vivencia os últimos dias de sua vida. Morta por um gás letal, ela ainda vive, mas como uma importantíssima pessoa que deixou o seu valor na história do comunismo mundial e que fez do seu ideal de vida um sonho para vários povos de todo o mundo.

Quem não leu o livro ou não teve oportunidade de ver o filme, perdeu uma grande chance de conhecer a história de uma mulher sem igual. Recomendo que professores indiquem aos seus alunos a leitura do livro "Olga", e aos que conhecem o mesmo, que não deixem esta mulher cair no esquecimento. Divulguem.