quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

MADRE TEREZA DE CAUCUTÁ


Madre Teresa de Calcutá, cujo nome verdadeiro é Agnes Gonxha Bojaxhiu, (Skopje, 27 de Agosto de 1910Calcutá, 5 de Setembro de 1997) foi uma missionária católica albanesa, nascida na República da Macedônia e naturalizada indiana beatificada pela Igreja Católica.

Beata Teresa de Calcutá

Considerada a missionária do século XX, concretizou o projeto de apoiar e recuperar os desprotegidos na Índia. Através da sua congregação "Missionárias da Caridade", partiu em direção à conquista de um mundo que acabou rendido ao seu apelo de ajudar o mais pobre dos pobres.

Partiu para a Índia em 1931, para a cidade de Darjeeling, onde fez o noviciado no colégio das Irmãs de Loreto

No dia 24 de maio de 1931, fez a profissão religiosa, e emitiu os votos temporários de pobreza, castidade e obediência tomando o nome de "Teresa". A origem da escolha deste nome residiu no fato de ser em honra à monja francesa Teresa de Lisieux, padroeira das missionárias, canonizada em 1927 e conhecida como Santa Teresinha.

De Darjeeling passou para Calcutá, onde exerceu, durante os anos 30 e 40, a docência em Geografia no colégio bengalês de Sta Mary, também pertencente à congregação de Nossa Senhora do Loreto. Impressionada com os problemas sociais da Índia, que se refletiam nas condições de vida das crianças, mulheres e velhos que viviam na rua e em absoluta miséria, fez a profissão perpétua a 24 de maio de 1937.

Com a partida do colégio, tirou um curso rápido de enfermagem, que veio a tornar-se um pilar fundamental da sua tarefa no mundo.

Em 1946, decidiu reformular a sua trajetória de vida. Dois anos depois, e após muita insistência, o Papa Pio XII permitiu que abandonasse as suas funções enquanto monja, para iniciar uma nova congregação de caridade, cujo objetivo era ensinar as crianças pobres a ler. Desta forma, nasceu a sua Ordem – As Missionárias da Caridade. Como hábito, escolheu o sári, nas cores — justificou ela — "branco, por significar pureza e azul, por ser a cor da Virgem Maria". Como princípios, adotou o abandono de todos os bens materiais. O espólio de cada irmã resumia-se a um prato de esmalte, um jogo de roupa interior, um par de sandálias, um pedaço de sabão, uma almofada e um colchão, um par de lençóis, e um balde metálico com o respectivo número.

Começou a sua atividade reunindo algumas crianças, a quem começou a ensinar o alfabeto e as regras de higiene. A sua tarefa diária centrava-se na angariação de donativos e na difusão da palavra de alento e de confiança em Deus.

No dia 21 de dezembro de 1948, foi-lhe concedida a nacionalidade indiana. A partir de 1950 empenhou-se em auxiliar os doentes com lepra.

Em 1965, o Papa Paulo VI colocou sob controle do papado a sua congregação e deu autorização para a sua expansão a outros países. Centros de apoio a leprosos, velhos, cegos e doentes com HIV surgiram em várias cidades do mundo, bem como escolas, orfanatos e trabalhos de reabilitação com presidiários.

Críticos de Madre Teresa, nominalmente Christopher Hitchens, Aroup Chatterjee e Robin Fox, argumentam que sua organização fornecia ajuda abaixo dos padrões e esta primariamente interessada em converter pessoas à beira da morte para o Catolicismo, e usou doações para atividades missionárias em outros lugares, em vez de gastar na melhoria do padrão de ajuda médica. Esses críticos representam ainda uma pequena minoria mas colocaram objeções fortes às virtudes de Madre Teresa.

A Igreja Católica nega a maioria dessas críticas. Por exemplo, a idéia que missionários gastavam dinheiro em atividades missionárias parece óbvia e Madre Teresa nunca afirmou que suas atividades eram sobre ajuda médica. Christopher Hitchens escreveu que as próprias palavras de Madre Teresa sobre pobreza provam que "suas intenções não eram de ajudar as pessoas". Hitchens vai mais fundo afirmando que Madre Teresa mentiu a doadores sobre onde suas contribuições eram usadas. Em 1994, Hitchens publicou um artigo no The Nation entitulado "O Demônio de Calcutá". Dr. Aroup Chatterjee, o autor de "Madre Teresa: O Veredito Final" (2003), afirma que a imagem pública de Madre Teresa como ajuda dos pobres, dos doentes e dos à beira da morte é errada e exagerada; ele mantém que o número de pessoas que são servidas mesmo pela maior parte das casas não é perto do que os ocidentais são levados a acreditar.[carece de fontes?] Como o Vaticano aboliu o papel tradicional de "Advogado do Diabo" que servia um propósito similar, Hitchens foi a única testemunha chamada pelo Vaticano para dar evidência contra a beatificação e processo de canonização de Madre Teresa.

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