sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O Brasil está de parabéns!!!

BRASÍLIA e RIO - O Brasil reconheceu o Estado palestino, considerando as fronteiras de 1967, o que significa identificar todos os territórios ocupados na Cisjordânia (Jerusalém Oriental e arredores) como parte da nação palestina. A decisão, comunicada no início da tarde desta sexta-feira pelo Palácio do Itamaraty, atende a um pedido formalizado em carta enviada pelo presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 24 de novembro. A declaração surpreendeu diplomatas israelenses, que condenaram a posição brasileira. Mahmoud Abbas, por sua vez, elogiou a liderança de Lula. Assim, na América Latina, o Brasil se junta a Cuba, Venezuela, Bolívia e Nicarágua, que também reconhecem o Estado palestino. 
Os territórios ora reconhecidos pelo governo brasileiro como parte do Estado palestino foram ocupados por Israel em junho de 1967, ao final da Guerra dos Seis Dias, conflito que opôs Israel aos vizinhos árabes (Egito, Síria e Jordânia).  
De acordo com a chancelaria brasileira, a decisão "não implica abandonar a convicção de que são imprescindíveis negociações entre Israel e Palestina, a fim de que se alcancem concessões mútuas sobre as questões centrais do conflito".
"A iniciativa é coerente com a disposição histórica do Brasil de contribuir para o processo de paz entre Israel e Palestina, cujas negociações diretas estão neste momento interrompidas, e está em consonância com as resoluções da ONU, que exigem o fim da ocupação dos territórios palestinos e a construção de um Estado independente dentro das fronteiras de 4 de junho de 1967", afirma a nota do Itamaraty.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Lanche pré-pago. Vai dar certo?

Pagar a conta do restaurante primeiro e consumir depois... Parece estranho, mas está dando certo. Lançado pela e-Safetransfer em 2006, o cartão de fidelidade pré-pago já foi adotado pela Pizza Hut e pelas cantinas de dez escolas particulares de São Paulo.
“Já produzia cartões bancários com chip e investi R$ 2 milhões na adaptação dos softwares para criar os smart cards pré-pagos de alimentação. Eu frequentava o mesmo restaurante e sempre perdia muito tempo pagando a conta e pedindo a nota fiscal. Pensei: ‘E se eu pagasse de uma vez só, pelo mês inteiro, e pegasse só uma nota?’. Achei que muitas outras pessoas gostariam disso também. É o mesmo conceito usado na telefonia celular: o cliente faz um depósito e vai usando os créditos. Desde 2006, emitimos 50 mil cartões e 150 mil máquinas leitoras para todo o Brasil. As respostas são muito positivas: o tíquete médio desses clientes é 23% mais alto do que o tíquete médio de quem não usa o cartão. Mas, para convencê-los, é preciso oferecer vantagens. Na Pizza Hut, nosso principal cliente, quem deposita R$ 100 pode gastar R$ 110. A própria Pizza Hut arca com essa diferença. Nas escolas, a relação é de um para um, porque a vantagem é outra. Os alunos não manipulam dinheiro vivo e os pais controlam os gastos, acionando um dispositivo de limite. O sistema foi lançado no fim de 2009, em dez escolas, e mais de quatro mil alunos já usam. É um mercado gigante a ser explorado. Em breve estaremos no Rio Grande do Sul, em Brasília e no Paraná. Em 2010, nosso faturamento deve alcançar R$ 4 milhões. Os pré-pagos representam 20% do faturamento da empresa, mas a área cresce 60% ao ano e, em pouco tempo, será nosso principal negócio.”
QUEM É: Neissan Monadjem, 50 anos, CEO da E-Safetransfer, formado em Arquitetura e especializado em design de produtos de TI, com sede em São Paulo
O
QUE FAZ: desde 2000, produz smart cards e leitoras para bancos. Em 2006, lançou os primeiros cartões pré-pagos para o setor de alimentação.
 

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Fátima Bernardes

Nascida no bairro carioca do Vaz Lobo, mas sua família logo mudou-se para o Méier. Com sete anos começou a cursar balé mas depois optou por cursar jornalismo na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a fim de ser crítica de dança. Até então nunca havia pensado em trabalhar na televisão.
Em 1983, começou a trabalhar no jornal O Globo como repórter de um caderno regional. Teve um começo bastante incomum, a julgar por ter sido contratada para substituir uma repórter que havia quebrado o pé.
Em fevereiro de 1987 entrou para a Rede Globo de televisão após ser aprovada em um curso de telejornalismo da emissora. Meses depois passou também a apresentar o extinto RJTV 3ª edição.
Em maio de 1989, assumiu a apresentação do Jornal da Globo ao lado de Eliakim Araújo e em julho de 1989, passou a apresentar o JG em dupla com William Bonner.
Em 1993, começou a apresentar a revista eletrônica Fantástico ao lado de Celso Freitas e Sandra Annenberg.
Em 1º de abril de 1996 assumiu a apresentação e edição do Jornal Hoje, voltando ao Fantástico em 1997, formando dupla com Pedro Bial.
Em 21 de outubro de 1997, deu luz aos trigêmeos Vinícius, Laura e Beatriz, e pouco tempo depois (30 de março de 1998) se tornou âncora do Jornal Nacional, o principal telejornal da emissora ao lado do marido William Bonner, cargo que ocupa até hoje. Neste cargo, destacou-se entre outras coisas por ser a enviada especial da Rede Globo para a Copa do Mundo de Futebol (quatro no total).
Fátima Bernardes também é recordista do prêmio cedido pelo programa Domingão do Faustão " Os melhores do ano" garantindo quatro estatuetas no decorrer dos anos de 2004 a 2007.

sábado, 16 de outubro de 2010

ACORDA BRASIL!!!

HORÁRIO DE VERÃO

Numa conta de luz no valor de R$96,38 são cobrados de impostos R$23,19.
Como nesta conta os dias apurados foram 32, dividi e encontrei um valor de R$0,7246/dia.
Dividindo por 24horas cheguei ao valor de R$0,030/hora.
Este é o valor do imposto cobrado sobre uma hora de utilização de energia.
Como no horário de verão acordamos mais cedo e precisamos utilizar as luzes que, sem este horário, não seria necessário, passamos a pagar por dia R$0,030 a mais de impostos.
Quando retornamos do trabalho utilizamos a energia com banho, televisão, iluminação dos cômodos e eletrodomésticos como de costume e não economizamos nada, pois dentro de casa, no retorno do trabalho, mesmo mais cedo, está escuro.
Agora, multiplicando este valor que acabamos pagando a mais por 120 dias deste horário absurdo e mais uma vez por 180 milhões de brasileiros encontramos o valor de R$652.140.000,00 arrecadados a mais pelo governo.
Ou seja, o horário de verão não é para economizar energia, mas sim para o governo arrecadar mais impostos sobre esta hora a mais que nós acabamos sendo obrigados a utilizar. O consumo dentro deste horário, só aumenta.
ACORDA BRASIL!!!!!
*Este cálculo foi feito para quem acorda às 6 horas da manhã e agora vai ter que acordar às cinco.
**Esta conta foi de agosto, sem ventilador nem ar condicionado.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Ayrton senna

O piloto brasileiro Ayrton Senna morreu em um acidente automobilistico no GP de San Marino em 1994, no autódromo de Ímola. Desde essa data muitos documentários e longas reportagens sobre a vida do campeão foram feitos, mas nenhum deles teve estatus de super produção, nem mesmo chegou perto de aparecer no circuito nacional de cinema.
Desta vez a produtora britânica Working Title, responssavel por Bridget Jones, Orgulho e Preconceito e Um lugar chamado Notting Hill, resolveu entrar de cabeça na vida do maior ídolo que o Brasil ja teve no automobilismo. Quem dirige as filmagens é o inglês Asif Kapadia que ja trabalhou com Sara Michelle Gellar em outros tempos.
   A Paramount Pictures sera a distribuidora e confirmou para o dia 12 de novembro a estréia nacional do documentário que terá o nome de "Senna". A carreira do piloto sera contada através da família e de colegas, inclusive do seu maior adversário, o francês Alain Prost, e algumas imagens que foram poucos divulgadas.
   Ja no trailer podemos ver muitas cenas de corridas, vitórias, momentos de emoção e acima de tudo Senna mostra, nesses quase 2 min. de trailer, que sempre foi uma pessoa de atitude, bem diferente da maioria dos falsos ídolos que temos hoje. So espero que os Rubinhos e Massas de hoje em dia estejam no cinema em novembro e aprendam, não a pilotar , mas a ter caráter e se impor, como o grande Senna.

PS: vale a atenção quando o video chegar em 1:30 o encontro de Senna com Bussunda, da ate para chorar

sábado, 9 de outubro de 2010

John Lennon - 70 anos.

John Winston Ono Lennon MBE (Liverpool, 9 de outubro de 1940Nova Iorque, 8 de dezembro de 1980), foi um músico, compositor, escritor e ativista em favor da paz britânico.
John Lennon ganhou notoriedade mundial como fundador do grupo de rock britânico The Beatles. Na época da existência dos Beatles, John Lennon formou com James Paul McCartney o que seria uma das mais famosas duplas de compositores de todos os tempos, a dupla Lennon/McCartney. John Lennon foi casado com Cynthia Powell, e com ela teve o filho Julian. Em 1966, conheceu a artista plástica japonesa Yoko Ono. Em 1968, Lennon e Yoko produziram um álbum experimental, "Unfinished Music No.1: Two Virgins ", que causou controvérsia por apresentar o casal nu, de frente e de costas, na capa e contracapa. A partir deste momento, John e Yoko iniciariam uma parceria artística e amorosa. Cynthia Powell pediu o divórcio no mesmo ano, alegando adultério. Em 1969, o casal se casou numa cerimônia privada no rochedo de Gibraltar. Usaram a repercussão de seu casamento para divulgar um evento pela paz, chamado de "Bed in", ou "John e Yoko na cama pela paz", como um resultado prático de sua lua-de-mel, realizada no Hotel Hilton, em Amsterdã. No final do mesmo ano, Lennon comunicou aos seus parceiros de banda que estava deixando os Beatles. Ainda no mesmo período, Lennon devolveu sua medalha de Membro do Império Britânico à Rainha Elizabeth, como uma forma de protesto contra o apoio da Grã-Bretanha à guerra do Vietnã, o envolvimento da Inglaterra no conflito de Biafra e "o fraco desenvolvimento de Cold Turkey nas paradas de sucesso".
Em 10 de abril de 1970, Paul McCartney anunciou oficialmente o fim dos Beatles. Antes disso, John Lennon havia lançado outros dois álbuns experimentais, "Life with lions" e "Wedding album". Também lançara o compacto "Cold Turkey" e o disco ao vivo "Live peace in Toronto", creditados à banda "Plastic Ono Band", com a participação de Eric Clapton. No final do ano, sai o primeiro disco solo de Lennon, após o fim dos Beatles: John Lennon/Plastic Ono Band, que contou com a participação de Ringo Starr, Yoko Ono e Klaus Voormann.
Durante a década de 1970, John e Yoko envolveram-se em vários eventos políticos, como promoção à paz, pelos direitos das mulheres e trabalhadores e também exigindo o fim da Guerra do Vietnã. Seu envolvimento com líderes da extrema-esquerda estadunidense, com Jerry Rubin, Abbie Hoffman e John Sinclair, além de seu apoio formal ao Partido dos Panteras Negras, deu início a uma perseguição ilegal do governo Nixon ao casal. A pedido do Governo, a Imigração deu início a um processo de extradição de John Lennon dos EUA, que durou cerca de 3 anos, período em que John ficou separado de Yoko Ono por 18 meses, entre 1973 e 1975.
Após reconciliar-se com Yoko, vencer o processo de imigração e conseguir o Green Card, Lennon decidiu afastar-se da música para dedicar-se à criação de seu filho Sean Taro Ono Lennon, nascido no mesmo dia de seu aniversário em 1975. O casal voltou aos estúdios em 1980 para gravar um novo álbum, Double Fantasy, lançado em novembro. Era como um recomeço. Porém em 8 de dezembro do mesmo ano, John foi assassinado em Nova York por Mark David Chapman, quando retornava do estúdio de gravação junto com a mulher.
Dentre as composições de destaque de John Lennon (creditadas a Lennon/ McCartney) estão "Help!", "Strawberry Fields Forever" e "All You Need Is Love", "Revolution", "Lucy in the Sky with Diamonds", "Come Together","Across the Universe,"Don't Let Me Down" e na carreira solo "Imagine", "Instant Karma!", "Happy Xmas (War Is Over)", "Woman", "(Just Like) Starting Over" e "Watching the Wheels".
Em 2002, John Lennon entrou em oitavo lugar em uma pesquisa feita pela BBC como os 100 mais importantes britânicos de todos os tempos.
Recentemente, em 2008, John foi considerado pela revista Rolling Stone, o 5º melhor cantor de todos os tempos.

Jaguar: Não vale a pena ver de novo

Rio  - O horário eleitoral gratuito é um milagre: consegue ser o pior programa da tevê, até mesmo que o inominável ‘Hipertensão’ (ou coisa parecida), filho bastardo do ‘Big Brother’. Gratuito? Desde quando marqueteiros trabalham de graça? Candidatos (as) são vendidos — e mal — como produtos de supermercado. Chega de intermediários: marqueteiros no poder.
Ulysses Guimarães, nosso último estadista, morreu no mar de Angra. Canastrões e canastronas, pleiteando a presidência e outras bocas menos ricas, repetem como papagaios textos que beiram a indigência. A novela das eleições de 2010 é assustadoramente inferior à subliteratura de todas as novelas da tevê já exibidas. A coisa tá feia. Não me refiro apenas ao visual dos candidatos. Nenhum (a) pode ser considerado, convenhamos, um tipo de beleza. Serra parece um vampiro extraviado nos trópicos; Marina, a Frida Kahlo da selva, analfabeta até os 16 anos, tem mais vocabulário que a comissária Dilma. E aquele sorriso afivelado na cara deles? Deviam ter feito um curso intensivo de riso simpático. Como no bolero dos mexicanos do anúncio da tevê: “Que cosa triste”.
Aberrações nesta eleição: gente condenada por roubo, fraude e outras falcatruas poderá ser eleita com o nada-consta do TSE. O malfeitor Roriz, impedido, escalou a patroa, uma dona de casa, para substituí-lo. E o pior é que ela pode ganhar o debate final se for massacrada, como é previsível. Por quê? Vão ficar com pena dela, tadinha. É asqueroso jogar a mulher às feras, como fez Roriz. Vai aí a culpa dos eleitores que votaram em Roriz e Garotinho.
Tiririca é pior que Cacareco: leva para o DF um bando de picaretas (como disse Lula). Menos mal: Picciani, Jader Barbalho, o aterrador Collor e outros da mesma laia foram barrados. Nada mais politicamente incorreto que a política. A democracia é o governo do povo, né? Mas o voto é obrigatório. Quem autorizou? Nós, o povo? É ruim, hein! Resumo da ópera: bleargh! Bleargh!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Artur da Távola


Artur da Távola, o pseudônimo de Paulo Alberto Moretzsonh Monteiro de Barros, (Rio de Janeiro, 3 de janeiro de 1936 — Rio de Janeiro, 9 de maio de 2008) foi um advogado, jornalista, radialista, escritor, professor e político brasileiro.
Foi um dos fundadores do PSDB[1]. Era apresentador de um programa de música erudita na TV Senado.
Iniciou sua vida política em 1960, no PTN, pelo estado da Guanabara. Dois anos depois, elegeu-se deputado constituinte pelo PTB. Cassado pela ditadura militar, viveu na Bolívia e no Chile entre 1964 e 1968. Tornou-se um dos fundadores do PSDB e o líder da bancada tucana na assembléia constituinte de 1988, quando defenseu alterações nas concessões de emissoras de televisão para permitir que fossem criados canais vinculados à sociedade civil. No mesmo ano, concorreu, sem sucesso, à prefeitura do Rio de Janeiro. Posteriormente, foi presidente do PSDB entre 1995 e 1997. Exerceu mandatos de deputado federal1987 a 1995 e senador de 1995 a 2003. Em 2001, foi por nove meses secretário da Cultura na cidade do Rio. de
Como jornalista, atuou como redator e editor em diversas revistas, notavelmente na Bloch Editores e foi colunista de televisão nos jornais Última Hora[2], O Globo e O Dia, sendo também diretor da Rádio Roquette Pinto. Publicou ao todo 23 livros de contos e crônicas.
Távola apresentava o programa Quem tem medo de música clássica?, na TV Senado onde demonstrava sua profunda paixão e conhecimento por música clássica e erudita. No encerramento de cada programa, ele marcou seus telespectadores com uma de suas mais célebres frases:
Música é vida interior, e quem tem vida interior jamais padecerá de solidão.
Seu compositor preferido era Vivaldi, a quem dedicou quatro programas especiais apresentando Le quattro stagioni em sua versão completa e executada pela Orquestra Filarmônica de Berlim. Também exibiu com exclusividade execuções da Orquestra Sinfônica Brasileira no Festival de Gramado nos anos de 2003 a 2007. Era apresentador de um programa sobre música na Rádio MEC.

Dina Sfat

 Filha de judeus poloneses, Dina sempre quis ser artista. Estreou nos palcos em 1962 em um pequeno papel no espetáculo "Antígone América", dirigida por Antonio Abujamra. Daí pulou para o teatro amador e foi parar no Teatro de Arena, onde estreou profissionalmente vivendo a personagem Manuela de "Os Fuzis da Senhora Carrar" de Bertold Brecht. A atriz se transformou em uma grata revelação dos palcos e mudou seu nome artístico para Dina Sfat, homenageando a cidade natal de sua mãe.
Participou de espetáculos importantes na década de 60 em São Paulo e conquistou o Prêmio Governador do Estado de melhor atriz por seu desempenho em "Arena Conta Zumbi" em 1965, um musical de Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal. Foi para o Rio de Janeiro e estreou nos palcos de um teatro na peça "O Rei da Cidade".
Em 1966 estréia no cinema em "Corpo Ardente" do diretor Walter Hugo Khouri e no cinema se consagra em 1969 vivendo a guerrilheira Cy de "Macunaíma", filme premiado de Joaquim Pedro de Andrade, ao lado do marido, o ator Paulo José que ela conheceu nos tempos do Teatro de Arena.
Ela chega à televisão no final da década de 60 e destaca-se em papéis de enorme carga dramática em telenovelas de autoria de Janete Clair, como Selva de Pedra, Fogo Sobre Terra, O Astro e "Eu Prometo", mas também brilhou em outras como "Verão Vermelho", "Assim na Terra Como no Céu", "Gabriela" e "Os Ossos do Barão".
Posou nua para revista Playboy em janeiro de 1982, num ensaio secundário.
Foi casada por 17 anos com Paulo José, com quem teve três filhas: Isabel ou Bel Kutner, que também é atriz, Ana, que também se aventurou na carreira e Clara.
Descobriu o câncer, inicialmente no seio, em 1986, mas não deixou de trabalhar, mesmo em tratamento. Já com a doença, viajou para a União Soviética e participou de um documentário sobre o país e os primeiros passos da Perestroika; escreveu um livro, publicado em 1988, um pouco antes da sua morte, sobre sua vida e a luta contra o câncer, chamado "Dina Sfat- Palmas prá que te Quero", junto com a jornalista Mara Caballero e fez a novela "Bebê a Bordo", seu último trabalho na TV.
Seu último filme foi "O Judeu" que só estreou em circuito depois da morte da atriz.
Dina Sfat morreu em 20 de março de 1989, aos 50 anos de idade depois de lutar alguns anos contra o câncer de mama.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Para o próximo verão, sorvete pra cachorro, ok?


Os sorvetes tradicionais podem causar diarreia, vômito e cáries nos dentes dos animais de estimação. Com o forte calor do verão e a relação cada vez mais cheias de mimos entre os donos e seus bichos, duas veterinárias de São Paulo lançaram, em janeiro, um sorvete produzido especialmente para cachorros.
Thaís Mucher, veterinária e empresária, afirma que a ideia surgiu porque ela mesma dava sorvete para seu cachorro. "Muita gente faz isso, mas não é recomendado. Nós pegamos a fórmula básica de um sorvete e tiramos a gordura hidrogenada, o açúcar e diminuímos em quase 50% o teor de lactose", explica.
A veterinária alerta que o sorvete -- que tem o selo do SIF (Serviço de Inspeção Federal)-- não é indicado para cachorros diabéticos e com hipersensibilidade à lactose. O produto também não é indicado para gatos, aves, répteis e outros mamíferos. "Nós fizemos testes com gatos, não aconteceu nada e não há nenhuma contraindicação. Mas como não fizemos todas as pesquisas com gatos que fizemos com os cachorros, não fazemos a indicação", explica Thaís.
E para os donos zelosos, que gostam de provar tudo o que dão para seus animais, também não há contraindicação. "Eu experimentei o sorvete, ele só é um pouco mais suave que o tradicional. Tenho cachorro desde os dois anos, trato meus animais de estimação como se fossem crianças e isso, hoje em dia, é cada vez mais comum. Por isso, experimento tudo de diferente que vou dar para meu cachorro", diz Thaís.
Mas, assim como os demais petiscos, o sorvete não deve substituir a ração
Thaís e sua irmã Juliana, que também é veterinária, dizem acreditar que o produto é o primeiro do tipo fabricado no Brasil. "Fizemos muitas pesquisas, achamos uma marca registrada, mas não achamos o sorvete para vender e não achamos site da empresa. Encontramos sorvetes para cachorros produzidos nos Estados Unidos, Bélgica e Taiwan", diz Thaís.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Nota zero!!! E o salário....

O concurso do Ministério Público da Paraíba para 20 vagas de promotor de Justiça substituto não teve nenhum candidato aprovado na prova preambular (primeira fase da seleção). De acordo com a comissão do concurso, nenhum dos concorrentes obteve nota mínima para aprovação. O candidato deve ter bacharelado em direito e três anos de atividade jurídica. O salário é de R$ 15.232,55.

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A aplicação das provas foi no dia 1º de agosto e teve 3.733 candidatos inscritos. No entanto, a abstenção foi de 45,5% (faltaram 1.699 pessoas).

Os candidatos podem entrar com recurso em relação aos resultados nesta terça-feira (10) e quarta-feira (11). A comissão fará a análise na quinta (12) e sexta-feira (13) e, caso as reclamações sejam negadas, o candidato poderá interpor recurso no Conselho Superior do Ministério Público. É necessário aguardar as decisões sobre os recursos para depois definir se haverá novo concurso.

O presidente da comissão do concurso, procurador de Justiça Marcos Navarro Serrano, considerou o fato “lamentável”.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Carne de rã

A carne de rã tem sido consumida há muitos anos como um alimento alternativo e sofisticado e consumo tem aumentado ao longo dos últimos anos, devido não somente ao seu paladar, mas por suas características nutricionais. Suas principais formas de comercialização são “rãs inteiras”, resfriadas ou congeladas, e “coxa congelada” a qual apresenta maior aceitação por parte do consumidor. O dorso apresenta baixo valor comercial, sendo destinado então à obtenção de carne mecanicamente separada e é usada como matéria-prima para a fabricação de produtos como nuggets, patê, salsicha, filé, lingüiça, entre outros. A carne de rã tem sido recomendada para o tratamento de doenças do trato gastrointestinal, alergias e para dietas de restrição a sódio, lipídios e calorias. O perfil aminoacídico desta carne apresenta escore químico superior a 1,0 e não possui limitações em aminoácidos essenciais. A carne de rã sem osso quando comparada a outras fontes protéicas mostrou maior teor protéico e um potencial alergênico intermediário ao leite e a carne bovina. Com relação à biodisponibilidade de ferro, ressalta-se que esta possa ser semelhante ao sulfato ferroso (24ppm) apenas na carne sem osso, enquanto que na carne com osso ou mecanicamente separada a quantidade de cálcio é elevada interferindo na biodisponibilidade do ferro. As carnes, de uma forma geral, não são consideradas fontes alimentares primárias de cálcio, mas alguns poucos estudos realizados com carnes de rã têm relatado a presença de elevados teores de cálcio nesses alimentos e sua biodisponibilidade é semelhante ao cálcio presente em leite e derivados (20% a 30%), sugerindo que esta possa ser indicada como uma alternativa alimentar no combate da carência deste mineral e também na prevenção da osteoporose, hipertensão arterial, câncer de cólon e outras patologias.

Gorduras


O que são gorduras saturadas, insaturadas e gordura trans?
por Yuri Vasconcelos

GORDURA INSATURADA

O que é - Existente principalmente em vegetais, ela é líquida em temperatura ambiente. Há a monoinsaturada (com apenas uma ligação dupla de carbono) e a poliinsaturada (com mais de uma ligação dupla de carbono)

Onde é encontrada? - Azeite de oliva, óleo de canola e de milho, amêndoa, castanha-do-pará, abacate, semente de linhaça, truta e salmão

Consumo máximo por dia* - 44 gramas

Efeitos no corpo - Ajuda a reduzir o colesterol ruim, o triglicérides (tipo de gordura que, em níveis elevados, pode causar doenças coronarianas) e a pressão arterial

Ligação química - Faltam alguns átomos de hidrogênio em sua molécula e, por isso, ocorre uma ligação dupla entre os carbonos

GORDURA SATURADA

O que é - Um tipo de gordura encontrado principalmente em produtos de origem animal e que, em temperatura ambiente, apresenta-se em estado sólido

Onde é encontrada? - Carnes vermelhas e brancas (principalmente gordura da carne e pele das aves), leite e derivados integrais (manteiga, creme de leite, iogurte, nata) e azeite de dendê

Consumo máximo por dia* - 20 gramas

Efeitos no corpo - Aumenta o colesterol ruim (LDL), que se deposita nas artérias, elevando o risco de problemas no coração

Ligação química - Cada átomo de carbono mantém uma ligação simples com outro carbono e está ligado a dois átomos de hidrogênio

GORDURA TRANS

O que é - Um tipo de gordura formada por um processo químico (hidrogenação), no qual óleos vegetais líquidos são transformados em ácido graxo trans, uma gordura sólida

Onde é encontrada? - Margarina, biscoitos, batatas fritas, sorvete e salgadinhos de pacote

Consumo máximo por dia* - 2 gramas

Efeitos no corpo - Não faz nada bem à saúde: aumenta o colesterol ruim e, ao mesmo tempo, reduz o bom

Ligação química - Similar à da gordura saturada, mas os átomos de hidrogênio estão dispostos transversalmente (na diagonal), e não em paralelo, como ocorre com os ácidos graxos encontrados na natureza. Daí vem o nome "trans"

CONSUMA COM MODERAÇÃO

Apesar da fama de feias e más, as gorduras são importantes para nosso corpo. Elas são fontes de energia, fornecendo 9 calorias por grama, e têm boas doses de vitaminas e ácidos graxos essenciais, responsáveis por manter as paredes das células funcionando em boas condições. Para saber o tipo e a quantidade de gordura de um alimento, fique de olho na tabela de informação nutricional que vem no rótulo da embalagem. Mas não abuse: na média, nosso consumo diário de gordura não deve ultrapassar 30% da ingestão calórica total.

* NUMA DIETA DE 2 000 CALORIAS DIÁRIAS

CONSULTORIA: Renato Grimaldi, da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp

Takashi Morita


Quando abriu os olhos, Takashi Morita viu tudo queimado. "Fui arremessado 10 metros à frente. A bomba espalhou no ar. Machucou muitas pessoas, muitos morreram. Era manhã, as pessoas estavam trabalhando, as crianças estavam indo pra escola", conta o então policial militar - hoje dono de uma mercearia em São Paulo - que trabalhava em Hiroshima no dia 6 de agosto de 1945, quando a primeira bomba atômica explodiu no mundo. Quem sobreviveu ao inferno, conta que o cenário era de pessoas queimadas, andando com as tripas arrastando pelo chão, a pele pendurada, pedindo água e implorando por socorro.
Morita tinha 21 anos e lembra que viu muitos mortos. A bomba, batizada pelos americanos de 'Little Boy', matou imediatamente 78 mil pessoas em Hiroshima. No final de 1945, já havia 140 mil mortos, numa população de aproximadamente 350 mil pessoas.

A família dele era do interior e não se machucou. Assim que passou o inferno, e a cidade começou a se reerguer, Morita foi trabalhar como relojoeiro. Dez anos depois, por indicação de amigos que conheciam o Brasil, emigrou pra cá. "Aqui no país é bem melhor. Essa é a verdade. Quando saí do Japão estava doente da bomba atômica. Quando cheguei no Brasil acabou. A terra e o clima são muito bons, as pessoas, tudo. É o paraíso mesmo, aqui no Brasil"
Além dele, outros hibakushas – como são conhecidas as vítimas que sobreviveram à bomba - vieram para o Brasil e se estabeleceram por aqui. Ao perceber que não era o único, Morita fundou a Sociedade Brasileira de Vítimas da Bomba Atômica, que chegou a ter 240 membros - e hoje tem cerca de 50.
Morita e os demais hibakushas decidiram se juntar para cobrar o mesmo reconhecimento do governo japonês que tinham os sobreviventes que ficaram no país - e conseguiram.

Três dias depois de jogar a bomba em Hiroshima, os EUA lançaram outra sobre Nagasaki. Em setembro, o Japão se rendeu e pôs fim à Segunda Guerra Mundial.

terça-feira, 20 de julho de 2010

20 de Julho de 2010 - 100 anos

Inaugurado no dia 20 de julho de 1910, o Porto do Rio de Janeiro chega ao primeiro centenário com a promessa de projetos de expansão. O objetivo é atender à crescente demanda por maior capacidade e movimentação de mercadorias e passageiros de cruzeiros. Além disso, está prevista a licitação de um terminal de cargas e serviços offshore que possa atender às plataformas de petróleo próximas à costa do Rio.

A previsão é investir, até 2014, ano da Copa do Mundo do Brasil, cerca de R$ 1,6 bilhão na modernização e ampliação do Porto do Rio. Segundo Jorge Luiz de Mello, diretor-presidente da Companhia Docas do Rio, que administra o porto, R$ 1 bilhão dos recursos para esses investimentos virão da iniciativa privada e os outros R$ 600 milhões, de aportes de dinheiro público feitos pelo governo federal para a companhia.

O R$ 1 bilhão que vai ser investido pela iniciativa privada está previsto para vir de recursos próprios dos arrendatários dos terminais de contêineres e automóveis. Esse dinheiro será empregado na ampliação da capacidade de estocagem de contêineres e veículos, incluindo o aterramento de parte da Baía de Guanabara e a construção de um edifício-garagem de cinco andares, e na ampliação do cais, para que possa receber navios maiores.

Da verba que vai ser repassada pela União, R$ 314 milhões vão ser destinados a melhorias no terminal de passageiros, onde serão construídos três novos píeres de atracação. “Hoje, nós conseguimos receber até dois navios de passageiros. Ao final das obras, vamos poder receber, no mínimo, seis transatlânticos, podendo chegar a até oito navios, dependendo do tamanho deles”, ressaltou Mello. Segundo ele, o Porto do Rio, que hoje recebe, por ano, cerca de 600 mil turistas, vai receber 1 milhão de visitantes em 2014.

O diretor-presidente da Docas do Rio explicou que os recursos já estão previstos no PAC I e no PAC da Copa do Mundo. “É o chamado ‘PAC da Mobilidade’, destinado a portos e aeroportos”, disse Mello.

Sobre a possibilidade da mudança de poder no governo federal, Mello ressaltou que não acredita que os investimentos possam ser interrompidos. “Eu não tenho como afirmar que estão garantidos os recursos caso seja eleito o governo A ou B. Mas tenho certeza absoluta de que, seja qual for o novo presidente, a comunidade portuária e a sociedade brasileira não vão deixar retroceder esse processo de desenvolvimento dos portos”, finalizou Mello.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Made in Brazil


Urna eletrônica, walkman, rádio, balão, máquina de escrever. Não se espante caso lhe digam se tratar de inventos nacionais. Essas e outras máquinas usadas no mundo todo surgiram da cabeça de cidadãos brasileiros. O nosso mais famoso inventor é Santos-Dumont, criador do avião e de outras coisas bacanas. Mas o padre Bartolomeu de Gusmão também ganhou os ares, 200 anos antes, à bordo de um balão, invenção sua. Teve a ideia ao ver uma bolha de sabão subir, impulsionada pelo calor de uma vela. Os padres brasileiros, pelo jeito, têm aptidão para bolar coisas novas. Francisco João de Azevedo criou a máquina de escrever em 1861. Em 1893, Landell de Moura transmitiu sua voz a uma distância de oito quilômetros. Chamaram-no de bruxo, de impostor. Um ano depois, o italiano Guglielmo Marconi entrou para a história como o criador do rádio. Se você gosta de saber quem está te ligando, agradeça ao mineiro Nelio José Nicolai. O sujeito criou o identificador de chamadas em 1977. No mesmo ano, Andreas Pavel patenteou o “pequeno equipamento de fixação corpórea para a reprodução de eventos auditivos em alta qualidade”. Não se assuste, é apenas o walkman. Uma das últimas invenções nacionais importantes é a urna eletrônica, copiada no mundo todo. Com o equipamento, diminuem o tempo de apuração dos votos e os riscos de fraudes eleitorais. Mais um voto para o Brasil!

NOEL ROSA NO ALTAR

Ao saber do casamento de um primo, Noel Rosa mandou o recado: “Meu querido primo Jacy, um abraço! Quero com ele dar os meus pêsames pelo seu casamento”. Contrair núpcias não figurava entre as prioridades do jovem sambista. Aos 23 anos, ele teve um rápido relacionamento com Lindaura, então menor de idade. Não esperava que a mãe da moça fosse reclamar com o delegado: “Noel raptou minha filha!”. A condição para não abrir o inquérito era que ele se casasse com Lindaura. Noel disse que preferia a cadeia, mas acabou cedendo. Na foto, tirada em 1º de dezembro de 1934, demonstra toda a satisfação por entrar no time dos casados.
Observação:
Altar - Espécie de mesa destinada aos sacrifícios e outras cerimônias religiosas, em qualquer religião. 2 Pedra retangular, mais ou menos do formato de uma mesa, sobre a qual se celebra a missa. 3 Lugar elevado para oferecer sacrifícios aos deuses ou heróis.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Arcos da Lapa


O Aqueduto da Carioca, popularmente conhecido como os Arcos da Lapa, localiza-se no bairro da Lapa, na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil.
Considerada como a obra arquitetônica de maior porte empreendida no Brasil durante o período colonial, é hoje um dos cartões postais da cidade, símbolo mais representativo do Rio Antigo preservado no bairro boêmio da Lapa.
Os primeiros estudos para trazer as águas do rio Carioca para a cidade remontam a 1602, por determinação do então governador da Capitania do Rio de Janeiro, Martim Correia de Sá (1602-1608). Em 1624, um contrato para a construção do primitivo conduto foi firmado com Domingos da Rocha, que não chegou a iniciar os trabalhos. Em 1660 apenas 600 braças de canos estavam assentadas, tendo as obras recebido impulso em 1706, sob o governo de D. Fernando Martins Mascarenhas Lancastro (1705-1709).
Em 1718, sob o governo de Antônio de Brito Freire de Menezes (1717-1719), iniciaram-se as obras de instalação dos canos de água através da antiga Rua dos Barbonos (atual Rua Evaristo da Veiga). Sob o governo de Aires de Saldanha de Albuquerque Coutinho Matos e Noronha (1719-1725), em 1720 o encanamento alcançava o Campo da Ajuda (atual Cinelândia), ainda nos arrabaldes da cidade à época. Foi este governador quem, alterando o projeto original, defendeu a vantagem de se prolongar a obra até ao Campo de Santo Antônio (atual Largo da Carioca), optando pelos chamados Arcos Velhos – um aqueduto ligando o morro do Desterro (atual morro de Santa Teresa) ao morro de Santo Antônio, inspirado no Aqueduto das Águas Livres, que então começava a se erguer em Lisboa. A obra estava concluída em 1723, levando as águas à Fonte da Carioca, chafariz erguido também nesse ano, que as distribuía à população no referido Campo de Santo Antônio.
A solução foi paliativa, uma vez que já em 1727 se registram reclamações de falta de água, atribuindo-se à ação de quilombolas (escravos fugitivos, que viviam ocultos nas matas) a responsabilidade pela quebra dos canos. Mais tarde, o governo pediu contas ao encarregado pela conservação da obra o qual, furtando-se ao seu dever, evadiu-se. Foram estabelecidas, ainda, penas para os atos de vandalismo contra a obra.
O governador Gomes Freire de Andrade (1733-1763) determinou, em 1744, a reconstrução do Aqueduto da Carioca, com pedra do país, diante do elevado custo da cantaria vinda do reino. Com risco atribuído ao brigadeiro José Fernandes Pinto Alpoim, recebeu a atual conformação, em arcaria de pedra e cal. A Carta Régia de 2 de maio de 1747 determinou que as águas fossem cobertas por abóbada de tijolos, para evitar o seu desvio mal-intencionado.
Inaugurado em 1750, as águas brotaram aos pés do Convento de Santo Antônio, em um chafariz de mármore, através de 16 bicas de bronze. Mais tarde essa água foi estendida, através da Rua do Cano (atual Rua Sete de Setembro), até ao Largo do Paço (atual Praça XV), onde os navios vinham abastecer-se.
Na segunda metade do século XIX, durante o Império e, posteriormente, diante do advento da República, novas alternativas para o abastecimento de água aos moradores da cidade do Rio de Janeiro foram sendo utilizadas. O aqueduto, a partir de 1896 passou a ser utilizado como viaduto para os novos bondes de ferro da Companhia de Carris Urbanos, principal meio de acesso do centro aos altos do bairro de Santa Teresa, até os dias de hoje.
Conservados pelo poder público, em nossos dias, os antigos arcos coloniais servem de pano de fundo para diversos eventos, como as festividades da Semana Santa e o tradicional Auto de Natal da cidade

quarta-feira, 2 de junho de 2010

VOTO FACULTATIVO


Democracia vem da palavra grega “demos” que significa povo. Nas democracias, é o povo quem detém o poder soberano sobre o poder legislativo e o executivo.


OAB defende plebiscito sobre voto facultativo

O presidente nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ophir Cavalcante, defendeu hoje a realização de um plebiscito sobre o voto facultativo no país. "Embora pessoalmente seja favorável ao voto obrigatório, por incentivar o cidadão a melhor se informar para exercer sua escolha, reconheço que essa decisão deve vir de baixo para cima, ou seja, da própria sociedade, o que recomenda a consulta plebiscitária a respeito."
Pesquisa Datafolha publicada no sábado mostrou que cresceu a rejeição ao voto obrigatório no país. Em 2008, 43% dos entrevistados eram contra a obrigatoriedade de votar. Hoje são 48%. Para o presidente da OAB, as eleições de outubro deste ano poderiam ser usadas para a realização do plebiscito sobre o voto facultativo. "O Brasil reconquistou sua condição de Estado democrático de Direito, em que todo o poder emana do povo. Porém, para que isso se consolide, precisamos ter consciência de participar das transformações políticas", disse Cavalcante.
Segundo a pesquisa, 44% dos eleitores não iriam às urnas se o voto não fosse obrigatório. Os eleitores de Dilma Rousseff (PT) seriam os mais participativos: 65% deles manteriam a intenção de votar, contra 53% dos eleitores de José Serra (PSDB) e 53% dos de Marina Silva (PV).


Para finalizar, gostaria de dizer que quando diversos partidos se juntam apoiando um candidato, fica claro que se eleito, este deverá "retribuir" de forma generosa as alianças antes estabelecidas, ou seja vamos (povo) ter de aturar políticos exercendo postos do alto escalão que não desejamos em momento algum nestes cargos.
Ainda sobre o tema, neste ano tivemos uma demonstração clara que aqui não há democracia, pois Ciro Gomes foi impedido de se candidatar. Até onde vai meu conhecimento, estando em dia com suas obrigações, sendo maior de idade e estando filiado em um partido por mais de um ano, qualquer pessoa pode participar como candidato.
Por estas e outras meu voto será nulo enquanto eu for democraticamente obrigado a votar.

domingo, 7 de março de 2010

VINÍCIUS DE MORAES

     Na tempestuosa madrugada de 19 de outubro de 1913, nascia o garoto Vinicius. A grafia está correta. Seu pai, Clodoaldo Pereira da Silva Moraes, um apaixonado pelo latim, dera a ele este nome. Naquela noite nascia na Gávea, o futuro garoto de Ipanema.
     Escreveu seu primeiro poema de amor aos 9 anos, inspirado em uma colega de escola que reencontraria 56 anos depois. Seus amores eram sua inspiração. Oficialmente, teve nove mulheres: Tati (com quem teve Susana e Pedro), Regina Pederneiras, Lila Bôscoli (mãe de Georgina e Luciana), Maria Lúcia Proença (seu amor maior, musa inspiradora de Para viver um grande amor), Nelita, Cristina Gurjão (mãe de Maria), a baiana Gesse Gessy, a argentina Marta Ibañez e, por último, Gilda Mattoso. Mulherengo? Não, “mulherólogo”, como ele costumava se definir.
     Tati, a primeira, única com quem casou no civil, é a inspiradora dos famosos versos “Que não seja imortal, posto que é chama/ Mas que seja imortal enquanto dure”. Deixou-a para viver com Regina Pederneiras. O romance durou um ano, depois do que ele voltou com Tati para deixá-la, definitivamente, em 1956 e casar com Lila, então com 19 anos, irmã de Ronaldo Bôscoli. Foi nessa época que o poeta conheceu Tom Jobim e o convidou para musicar sua peça Orfeu da Conceição. Desta parceria, surgiriam músicas símbolos da Bossa Nova como Chega de Saudade e Garota de Ipanema, feita para Helô Pinheiro, então uma garotinha de 15 anos que passava sempre pelo bar onde os dois bebiam. No ano seguinte, 1957, se casaria com Lucinha Proença depois de oito meses de amor escondido, afinal, ambos eram casados. A paixão durou até 1963. Foi pelos jornais que Lucinha, já separada, soube da ida de Vinícius para a Europa “com seu novo amor”, Nelita, 30 anos mais jovem. Minha namorada, outro grande sucesso, foi inspirado nela.
     Em 1966, seria a vez de Cristina Gurjão, 26 anos mais jovem e com três filhos. Com Vinícius teve mais uma, Maria, em 1968. Quando estava no quinto mês de gravidez, Vinícius conheceu aquela viria a ser sua próxima esposa, Gesse Gessy. No segundo semestre de 69 começa sua parceria com Toquinho. No dia de seu aniversário de 57 anos, em 1970, em sua casa em Itapuã, Vinícius transformaria Gesse Gessy, então com 31 anos, em sua sétima esposa. Gesse seria diferente das outras e comandaria a vida de Vinícius com bem entendesse. Em 1975, já separado dela, ele se declara apaixonado por Marta Ibañez, uma poeta argentina. No ano seguinte se casariam. Ele tinha quase 40 anos mais que ela.
     Em 1972, a estudante de Letras Gilda Mattoso conseguiu um autógrafo do astro Vinícius após um show para estudantes da UFF, em Niterói (RJ). Quatro anos depois o amor se concretizaria. O poeta , já sessentão; ela, com 23 anos.
     Na noite de 8 de julho de 1980, acertando detalhes das canções do LP Arca de Noé com Toquinho, Vinícius, já cansado, disse que iria tomar um banho. Toquinho foi dormir. Pela manhã foi acordado pela empregada que encontrara Vinícius na banheira com dificuldades para respirar. Toquinho correu para o banheiro, seguido de Gilda. Não houve tempo para socorrê-lo. Vinícius de Moares morria na manhã de 9 de julho. No enterro, abraçada a Elis Regina, Gilda lembrava da noite anterior, quando em uma entrevista, perguntaram ao poeta: “Você está com medo da morte?”. E Vinícius, placidamente, respondeu: “Não, meu filho. Eu não estou com medo da morte. Estou é com saudades da vida”.