Há pouco mais de 70 anos
(19/07/13) — um hidroavião norte-americano bombardeou e afundou o submarino
alemão U-513 na costa catarinense, em plena Segunda Guerra Mundial. A história
sobre este gigante dos mares é fascinante e será revelada em detalhes no filme Em busca do Lobo Solitário,
documentário que está sendo produzido pela Família Schurmann. O roteiro é de
Guilherme Stockler e o filme tem previsão de estreia para o primeiro semestre
de 2014.
Tanto esforço teve sua
recompensa: o U-513 foi encontrado pelos Schürmann — com a ajuda da
tecnologia e de pesquisadores da Univali — no fundo do mar, a 85
quilômetros da costa leste de Florianópolis, quase intacto. Isso aconteceu no
dia 14 de julho de 2011, numa profundidade de 135 metros. Mais tarde, a
embarcação foi fotografada com o auxílio de um robô, e as imagens em instantes
espalharam-se pelo mundo, porém...
A Marinha não permitiu a exploração
do submarino
O projeto da Família Schürmann, a partir da descoberta do submarino alemão, era explorar o seu interior para poder estudá-lo. Relembrando a tragédia do Titanic, apenas como comparação, com o sucesso do filme, o interesse pelo navio intensificou-se ainda mais, surgindo centenas de livros, estudos, debates e novas teorias a respeito da causa do naufrágio. Já a Marinha brasileira, entretanto, enviou ofício à Família Schürmann, em abril deste ano (2013), negando a licença para explorar o interior do submarino. A alegação absurda é de que "não há qualquer interesse público que justifique a exploração". Como não? Faz parte da nossa história, da participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial!
O projeto da Família Schürmann, a partir da descoberta do submarino alemão, era explorar o seu interior para poder estudá-lo. Relembrando a tragédia do Titanic, apenas como comparação, com o sucesso do filme, o interesse pelo navio intensificou-se ainda mais, surgindo centenas de livros, estudos, debates e novas teorias a respeito da causa do naufrágio. Já a Marinha brasileira, entretanto, enviou ofício à Família Schürmann, em abril deste ano (2013), negando a licença para explorar o interior do submarino. A alegação absurda é de que "não há qualquer interesse público que justifique a exploração". Como não? Faz parte da nossa história, da participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial!
Depois, os Schurmann
pretendiam construir uma réplica e colocar dentro dela objetos retirados do
U-513, como o enigma (máquina de códigos utilizada na comunicação entre os
submarinos alemães), e abrir para visitação pública. Ainda comparando ao Titanic, após o filme, a empresa "RMS Titanic,
Inc" obteve os direitos de realizar operações de salvamento no local e
recuperou mais de seis mil artefatos do navio. Diversas empresas de turismo e
produtoras de filmes também visitaram o local em veículos submergíveis
tripulados. O estado de preservação dos destroços da proa é fantástico. Ainda
no sitio, encontrou-se o tele motor, onde se encontrava aparafusado a roda do
leme, as enormes âncoras, ainda suspensas pelas suas grossas correntes, as
amuradas, as guardas de proteção contra queda para o exterior, as janelas do Titanic,
maior parte delas ainda contêm o vidro. Dentro da proa, na sala de rádio,
pode-se observar o painel elétrico, componentes do telégrafo, onde Harold
Bride e Jack Philips trabalharam agonizantemente, tentando contatar navios para
irem ao socorro do Titanic, as gruas de proa, os guindastes dos botes salva
vidas, na parte embaixo do casco, ainda é possível ver a tinta vermelha, tudo
isto em perfeito estado de preservação.
A outra alegação da
Marinha foi a de que o submarino é um "túmulo de guerra", já que nele
estão sepultados os restos mortais de 46 dos 53 tripulantes alemães da
embarcação.
Em tempo, vale lembrar
que no Titanic, das 2240 pessoas a bordo, 1517 morreram, mas adentrando aos
destroços muitas respostas poderiam ser estudadas.
Conclusão, qual o
motivo de realizar estudos históricos no Brasil se podemos enterrá-los para
sempre como se nunca tivessem ocorrido, não é mesmo? Uma vergonha!
Sendo assim e
esperando que a Marinha brasileira reveja seus argumentos, Vilfredo Schürmann ressalta:
— Não queremos polêmica. Já decidimos que não iremos explorar a embarcação. É pena, porque com flutuadores seria possível deslocar o U-513 para uma profundidade menor, de 35 metros, e transformá-lo num grande centro de turismo submarino, com mergulhadores de todo o mundo vindo a Santa Catarina.
— Não queremos polêmica. Já decidimos que não iremos explorar a embarcação. É pena, porque com flutuadores seria possível deslocar o U-513 para uma profundidade menor, de 35 metros, e transformá-lo num grande centro de turismo submarino, com mergulhadores de todo o mundo vindo a Santa Catarina.
Bibliografia:
DIÁRIO CATARINENSE
Wikipédia