O Ato Institucional Número Cinco foi o quinto de uma série de decretos emitidos pela ditadura militar nos anos seguintes ao Golpe militar de 1964 no Brasil. Redigido pelo Presidente Artur da Costa e Silva em 13 de dezembro de 1968, veio em resposta a um episódio menor: um discurso do deputado Márcio Moreira Alves pedindo às jovens brasileiras que não namorassem oficiais do Exército. Mas o decreto também vinha no correr de um rio de ambições, ações e declarações pelas quais a classe política fortaleceu a chamada linha dura do regime instituído pelo Golpe Militar. O Ato Institucional Número Cinco, ou AI-5, foi um instrumento de poder que deu ao regime poderes absolutos e cuja primeira e maior conseqüência foi o fechamento do Congresso Nacional por quase um ano.
O AI-5:
- fechou o Congresso Nacional por prazo indeterminado
- cassou mandatos de senadores, deputados, prefeitos e governadores
- interveio no Poder Judiciário, inclusive demitindo juízes
- tornou legal legislar por decretos
- decretou estado de sítio
- suspendeu a possibilidade de qualquer reunião
- recrudesceu a censura, determinando a censura prévia, que se estendia à música, ao teatro e ao cinema
- suspendeu o “habeas corpus” para os chamados crimes políticos
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