terça-feira, 24 de agosto de 2010

Artur da Távola


Artur da Távola, o pseudônimo de Paulo Alberto Moretzsonh Monteiro de Barros, (Rio de Janeiro, 3 de janeiro de 1936 — Rio de Janeiro, 9 de maio de 2008) foi um advogado, jornalista, radialista, escritor, professor e político brasileiro.
Foi um dos fundadores do PSDB[1]. Era apresentador de um programa de música erudita na TV Senado.
Iniciou sua vida política em 1960, no PTN, pelo estado da Guanabara. Dois anos depois, elegeu-se deputado constituinte pelo PTB. Cassado pela ditadura militar, viveu na Bolívia e no Chile entre 1964 e 1968. Tornou-se um dos fundadores do PSDB e o líder da bancada tucana na assembléia constituinte de 1988, quando defenseu alterações nas concessões de emissoras de televisão para permitir que fossem criados canais vinculados à sociedade civil. No mesmo ano, concorreu, sem sucesso, à prefeitura do Rio de Janeiro. Posteriormente, foi presidente do PSDB entre 1995 e 1997. Exerceu mandatos de deputado federal1987 a 1995 e senador de 1995 a 2003. Em 2001, foi por nove meses secretário da Cultura na cidade do Rio. de
Como jornalista, atuou como redator e editor em diversas revistas, notavelmente na Bloch Editores e foi colunista de televisão nos jornais Última Hora[2], O Globo e O Dia, sendo também diretor da Rádio Roquette Pinto. Publicou ao todo 23 livros de contos e crônicas.
Távola apresentava o programa Quem tem medo de música clássica?, na TV Senado onde demonstrava sua profunda paixão e conhecimento por música clássica e erudita. No encerramento de cada programa, ele marcou seus telespectadores com uma de suas mais célebres frases:
Música é vida interior, e quem tem vida interior jamais padecerá de solidão.
Seu compositor preferido era Vivaldi, a quem dedicou quatro programas especiais apresentando Le quattro stagioni em sua versão completa e executada pela Orquestra Filarmônica de Berlim. Também exibiu com exclusividade execuções da Orquestra Sinfônica Brasileira no Festival de Gramado nos anos de 2003 a 2007. Era apresentador de um programa sobre música na Rádio MEC.

Dina Sfat

 Filha de judeus poloneses, Dina sempre quis ser artista. Estreou nos palcos em 1962 em um pequeno papel no espetáculo "Antígone América", dirigida por Antonio Abujamra. Daí pulou para o teatro amador e foi parar no Teatro de Arena, onde estreou profissionalmente vivendo a personagem Manuela de "Os Fuzis da Senhora Carrar" de Bertold Brecht. A atriz se transformou em uma grata revelação dos palcos e mudou seu nome artístico para Dina Sfat, homenageando a cidade natal de sua mãe.
Participou de espetáculos importantes na década de 60 em São Paulo e conquistou o Prêmio Governador do Estado de melhor atriz por seu desempenho em "Arena Conta Zumbi" em 1965, um musical de Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal. Foi para o Rio de Janeiro e estreou nos palcos de um teatro na peça "O Rei da Cidade".
Em 1966 estréia no cinema em "Corpo Ardente" do diretor Walter Hugo Khouri e no cinema se consagra em 1969 vivendo a guerrilheira Cy de "Macunaíma", filme premiado de Joaquim Pedro de Andrade, ao lado do marido, o ator Paulo José que ela conheceu nos tempos do Teatro de Arena.
Ela chega à televisão no final da década de 60 e destaca-se em papéis de enorme carga dramática em telenovelas de autoria de Janete Clair, como Selva de Pedra, Fogo Sobre Terra, O Astro e "Eu Prometo", mas também brilhou em outras como "Verão Vermelho", "Assim na Terra Como no Céu", "Gabriela" e "Os Ossos do Barão".
Posou nua para revista Playboy em janeiro de 1982, num ensaio secundário.
Foi casada por 17 anos com Paulo José, com quem teve três filhas: Isabel ou Bel Kutner, que também é atriz, Ana, que também se aventurou na carreira e Clara.
Descobriu o câncer, inicialmente no seio, em 1986, mas não deixou de trabalhar, mesmo em tratamento. Já com a doença, viajou para a União Soviética e participou de um documentário sobre o país e os primeiros passos da Perestroika; escreveu um livro, publicado em 1988, um pouco antes da sua morte, sobre sua vida e a luta contra o câncer, chamado "Dina Sfat- Palmas prá que te Quero", junto com a jornalista Mara Caballero e fez a novela "Bebê a Bordo", seu último trabalho na TV.
Seu último filme foi "O Judeu" que só estreou em circuito depois da morte da atriz.
Dina Sfat morreu em 20 de março de 1989, aos 50 anos de idade depois de lutar alguns anos contra o câncer de mama.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Para o próximo verão, sorvete pra cachorro, ok?


Os sorvetes tradicionais podem causar diarreia, vômito e cáries nos dentes dos animais de estimação. Com o forte calor do verão e a relação cada vez mais cheias de mimos entre os donos e seus bichos, duas veterinárias de São Paulo lançaram, em janeiro, um sorvete produzido especialmente para cachorros.
Thaís Mucher, veterinária e empresária, afirma que a ideia surgiu porque ela mesma dava sorvete para seu cachorro. "Muita gente faz isso, mas não é recomendado. Nós pegamos a fórmula básica de um sorvete e tiramos a gordura hidrogenada, o açúcar e diminuímos em quase 50% o teor de lactose", explica.
A veterinária alerta que o sorvete -- que tem o selo do SIF (Serviço de Inspeção Federal)-- não é indicado para cachorros diabéticos e com hipersensibilidade à lactose. O produto também não é indicado para gatos, aves, répteis e outros mamíferos. "Nós fizemos testes com gatos, não aconteceu nada e não há nenhuma contraindicação. Mas como não fizemos todas as pesquisas com gatos que fizemos com os cachorros, não fazemos a indicação", explica Thaís.
E para os donos zelosos, que gostam de provar tudo o que dão para seus animais, também não há contraindicação. "Eu experimentei o sorvete, ele só é um pouco mais suave que o tradicional. Tenho cachorro desde os dois anos, trato meus animais de estimação como se fossem crianças e isso, hoje em dia, é cada vez mais comum. Por isso, experimento tudo de diferente que vou dar para meu cachorro", diz Thaís.
Mas, assim como os demais petiscos, o sorvete não deve substituir a ração
Thaís e sua irmã Juliana, que também é veterinária, dizem acreditar que o produto é o primeiro do tipo fabricado no Brasil. "Fizemos muitas pesquisas, achamos uma marca registrada, mas não achamos o sorvete para vender e não achamos site da empresa. Encontramos sorvetes para cachorros produzidos nos Estados Unidos, Bélgica e Taiwan", diz Thaís.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Nota zero!!! E o salário....

O concurso do Ministério Público da Paraíba para 20 vagas de promotor de Justiça substituto não teve nenhum candidato aprovado na prova preambular (primeira fase da seleção). De acordo com a comissão do concurso, nenhum dos concorrentes obteve nota mínima para aprovação. O candidato deve ter bacharelado em direito e três anos de atividade jurídica. O salário é de R$ 15.232,55.

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A aplicação das provas foi no dia 1º de agosto e teve 3.733 candidatos inscritos. No entanto, a abstenção foi de 45,5% (faltaram 1.699 pessoas).

Os candidatos podem entrar com recurso em relação aos resultados nesta terça-feira (10) e quarta-feira (11). A comissão fará a análise na quinta (12) e sexta-feira (13) e, caso as reclamações sejam negadas, o candidato poderá interpor recurso no Conselho Superior do Ministério Público. É necessário aguardar as decisões sobre os recursos para depois definir se haverá novo concurso.

O presidente da comissão do concurso, procurador de Justiça Marcos Navarro Serrano, considerou o fato “lamentável”.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Carne de rã

A carne de rã tem sido consumida há muitos anos como um alimento alternativo e sofisticado e consumo tem aumentado ao longo dos últimos anos, devido não somente ao seu paladar, mas por suas características nutricionais. Suas principais formas de comercialização são “rãs inteiras”, resfriadas ou congeladas, e “coxa congelada” a qual apresenta maior aceitação por parte do consumidor. O dorso apresenta baixo valor comercial, sendo destinado então à obtenção de carne mecanicamente separada e é usada como matéria-prima para a fabricação de produtos como nuggets, patê, salsicha, filé, lingüiça, entre outros. A carne de rã tem sido recomendada para o tratamento de doenças do trato gastrointestinal, alergias e para dietas de restrição a sódio, lipídios e calorias. O perfil aminoacídico desta carne apresenta escore químico superior a 1,0 e não possui limitações em aminoácidos essenciais. A carne de rã sem osso quando comparada a outras fontes protéicas mostrou maior teor protéico e um potencial alergênico intermediário ao leite e a carne bovina. Com relação à biodisponibilidade de ferro, ressalta-se que esta possa ser semelhante ao sulfato ferroso (24ppm) apenas na carne sem osso, enquanto que na carne com osso ou mecanicamente separada a quantidade de cálcio é elevada interferindo na biodisponibilidade do ferro. As carnes, de uma forma geral, não são consideradas fontes alimentares primárias de cálcio, mas alguns poucos estudos realizados com carnes de rã têm relatado a presença de elevados teores de cálcio nesses alimentos e sua biodisponibilidade é semelhante ao cálcio presente em leite e derivados (20% a 30%), sugerindo que esta possa ser indicada como uma alternativa alimentar no combate da carência deste mineral e também na prevenção da osteoporose, hipertensão arterial, câncer de cólon e outras patologias.

Gorduras


O que são gorduras saturadas, insaturadas e gordura trans?
por Yuri Vasconcelos

GORDURA INSATURADA

O que é - Existente principalmente em vegetais, ela é líquida em temperatura ambiente. Há a monoinsaturada (com apenas uma ligação dupla de carbono) e a poliinsaturada (com mais de uma ligação dupla de carbono)

Onde é encontrada? - Azeite de oliva, óleo de canola e de milho, amêndoa, castanha-do-pará, abacate, semente de linhaça, truta e salmão

Consumo máximo por dia* - 44 gramas

Efeitos no corpo - Ajuda a reduzir o colesterol ruim, o triglicérides (tipo de gordura que, em níveis elevados, pode causar doenças coronarianas) e a pressão arterial

Ligação química - Faltam alguns átomos de hidrogênio em sua molécula e, por isso, ocorre uma ligação dupla entre os carbonos

GORDURA SATURADA

O que é - Um tipo de gordura encontrado principalmente em produtos de origem animal e que, em temperatura ambiente, apresenta-se em estado sólido

Onde é encontrada? - Carnes vermelhas e brancas (principalmente gordura da carne e pele das aves), leite e derivados integrais (manteiga, creme de leite, iogurte, nata) e azeite de dendê

Consumo máximo por dia* - 20 gramas

Efeitos no corpo - Aumenta o colesterol ruim (LDL), que se deposita nas artérias, elevando o risco de problemas no coração

Ligação química - Cada átomo de carbono mantém uma ligação simples com outro carbono e está ligado a dois átomos de hidrogênio

GORDURA TRANS

O que é - Um tipo de gordura formada por um processo químico (hidrogenação), no qual óleos vegetais líquidos são transformados em ácido graxo trans, uma gordura sólida

Onde é encontrada? - Margarina, biscoitos, batatas fritas, sorvete e salgadinhos de pacote

Consumo máximo por dia* - 2 gramas

Efeitos no corpo - Não faz nada bem à saúde: aumenta o colesterol ruim e, ao mesmo tempo, reduz o bom

Ligação química - Similar à da gordura saturada, mas os átomos de hidrogênio estão dispostos transversalmente (na diagonal), e não em paralelo, como ocorre com os ácidos graxos encontrados na natureza. Daí vem o nome "trans"

CONSUMA COM MODERAÇÃO

Apesar da fama de feias e más, as gorduras são importantes para nosso corpo. Elas são fontes de energia, fornecendo 9 calorias por grama, e têm boas doses de vitaminas e ácidos graxos essenciais, responsáveis por manter as paredes das células funcionando em boas condições. Para saber o tipo e a quantidade de gordura de um alimento, fique de olho na tabela de informação nutricional que vem no rótulo da embalagem. Mas não abuse: na média, nosso consumo diário de gordura não deve ultrapassar 30% da ingestão calórica total.

* NUMA DIETA DE 2 000 CALORIAS DIÁRIAS

CONSULTORIA: Renato Grimaldi, da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp

Takashi Morita


Quando abriu os olhos, Takashi Morita viu tudo queimado. "Fui arremessado 10 metros à frente. A bomba espalhou no ar. Machucou muitas pessoas, muitos morreram. Era manhã, as pessoas estavam trabalhando, as crianças estavam indo pra escola", conta o então policial militar - hoje dono de uma mercearia em São Paulo - que trabalhava em Hiroshima no dia 6 de agosto de 1945, quando a primeira bomba atômica explodiu no mundo. Quem sobreviveu ao inferno, conta que o cenário era de pessoas queimadas, andando com as tripas arrastando pelo chão, a pele pendurada, pedindo água e implorando por socorro.
Morita tinha 21 anos e lembra que viu muitos mortos. A bomba, batizada pelos americanos de 'Little Boy', matou imediatamente 78 mil pessoas em Hiroshima. No final de 1945, já havia 140 mil mortos, numa população de aproximadamente 350 mil pessoas.

A família dele era do interior e não se machucou. Assim que passou o inferno, e a cidade começou a se reerguer, Morita foi trabalhar como relojoeiro. Dez anos depois, por indicação de amigos que conheciam o Brasil, emigrou pra cá. "Aqui no país é bem melhor. Essa é a verdade. Quando saí do Japão estava doente da bomba atômica. Quando cheguei no Brasil acabou. A terra e o clima são muito bons, as pessoas, tudo. É o paraíso mesmo, aqui no Brasil"
Além dele, outros hibakushas – como são conhecidas as vítimas que sobreviveram à bomba - vieram para o Brasil e se estabeleceram por aqui. Ao perceber que não era o único, Morita fundou a Sociedade Brasileira de Vítimas da Bomba Atômica, que chegou a ter 240 membros - e hoje tem cerca de 50.
Morita e os demais hibakushas decidiram se juntar para cobrar o mesmo reconhecimento do governo japonês que tinham os sobreviventes que ficaram no país - e conseguiram.

Três dias depois de jogar a bomba em Hiroshima, os EUA lançaram outra sobre Nagasaki. Em setembro, o Japão se rendeu e pôs fim à Segunda Guerra Mundial.